O sector dos transportes tem um papel determinante
nas sociedades contemporâneas influenciando a vida das populações de forma
tanto directa como indirecta.
Os serviços de transporte de passageiros são vitais
ao crescimento económico e ao desenvolvimento. Estes transportes constituem a
opção para a maior parte da população residente ou com actividades na cidade de
Maputo.
O sector privado é, actualmente, o maior provedor de
serviços de transporte rodoviário público. Utentes, conselho municipal,
transportadores e chapeiros são os principais intervenientes no sector de
transporte público na cidade de Maputo. O minibus de 15 lugares,
autocarros de 25 lugares, carrinhas de caixa aberta (My Love) e
autocarros da empresa pública Transportes Públicos de Maputo (TPM) assim como
outros autocarros da FEMATRO, o comboio através da CFM e os outros privados
usando Taxis e os vulgos Tchopelas são os tipos de veículos que efectuam o
transporte público de pessoas na cidade de Maputo.
A falta de transporte público, o aumento do número
de viaturas em circulação e de acidentes rodoviários (perda de vidas humanas ou
ferimentos contraídos e perda de bens) influencia negativamente a produtividade
e o bem-estar dos munícipes na capital do país. Mais viaturas em circulação
representam inúmeros desafios, tais como a poluição sonora e do ar, e o
congestionamento nas vias públicas.
Os transportadores reclamam que as tarifas fixadas
pelas autoridades municipais não asseguram uma rentabilidade aceitável,
constituindo um desincentivo à formalização e investimento no sector. Por outro
lado, para as classes de baixa renda, para quem os transportes públicos são a única
alternativa disponível, os custos de transporte representam um importante peso
nas despesas familiares e, portanto, são muito sensíveis a quaisquer variações
nas tarifas.
Afectando transportadores, transportados, chapeiros,
pedestres e outros automobilistas a sobrelotação e má condição dos veículos, a
condução perigosa dos motoristas que são responsabilizados pela maioria dos
acidentes de viação na cidade, são problemas indicados e que afectam os
intervenientes e a população urbana em geral.
A pressão da procura de transportes leva as
autoridades, especificamente para este sector, a autorizar a operação de
veículos não-licenciados nas horas de ponta e a conceder um subsídio para
compensar a subida dos preços de combustível sem aumentar a tarifa fixada.
O crescimento populacional e consequente aumento das
necessidades de transportes dos habitantes da cidade e da população flutuante
colocam desafios ao município. Segundo o INE, a população da cidade de Maputo
está estimada em 1,2 milhões de pessoas em 2014 e projecta-se que atinja 1,6
milhões de pessoas em 2040, ou seja um incremento em cerca de um terço.
Os serviços de transporte de passageiros nas
principais cidades de Moçambique são prestados essencialmente por pequenos
operadores do sector privado que utilizam viaturas conhecidas por chapas,
na sua maioria mini autocarros de 15 lugares, e um menor número de veículos de
25 e ou mais lugares. Tal como em muitas metrópoles africanas, o problema da
mobilidade dos cidadãos mais carenciados foi resolvido através da utilização em
massa de mini-bus operados por um sector privado informal.
A origem dos “chapas” está directamente ligada ao
declínio da empresa pública de transportes do Município de Maputo. No anos
oitenta, a deterioração da frota automóvel dos TPM e a redução do suporte
financeiro do Estado à empresa criaram um vazio de oferta. Simultaneamente
assistia-se a um aumento da procura, resultado do crescimento populacional na
região.
Os TPMs operam autocarros convencionais de maior
dimensão, mas a parte do mercado que cabe a estes operadores é reduzida.
Sem comentários:
Enviar um comentário